Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Marsupialia
Ordem: Didelphimorphia
Família: Didelphidae
Gênero: Didelphis
Gambá é um dos nomes conhecidos para o mamífero marsupial do gênero Didelphis que é endêmico das Américas e habita desde o Canadá até a América do Sul, na Argentina. Também é chamado de sariguê, saruê ou sarigueia na Bahia, mucura na Amazônia, timbu em Pernambuco, cassaco no Ceará e no Agreste pernambucano, micurê no Mato Grosso, raposa na Região Sul do Brasil, taibu, tacaca, ticaca em São Paulo e Minas Gerais. É, por vezes, confundido com o cangambá (Mephitis mephitis), mamífero carnívoro preto, com uma faixa branca sobre o dorso, que também usa o odor com defesa mas que não é um marsupial, mas um mustelídeo (ou um mefitídeo).
O nome “gambá” tem origem na língua tupi-guarani, e significa seio oco, fazendo uma referência ao marsúpio das fêmeas. Dessa forma, os gambás pertencem a mesma infraclasse do canguru, a marsupialia, que é composta por animais que abrigam e nutrem suas crias em "bolsas", após seu nascimento em forma de embrião, que pesa em média apenas duas gramas. Os gambás podem reproduzir-se três vezes durante o ano, dando dez a vinte filhotes em cada gestação, que cerca de duas semanas. Na época do acasalamento deixam o hábito solitário de lado e formam casais para reproduzir. Neste período o casal constrói um ninho de galhos e folhas secas. Ao nascimento se dirigem para o marsúpio, onde ocorre uma soldadura temporária da boca do embrião com a extremidade do mamilo e permanecem lá até completarem o seu desenvolvimento. Atingindo o final de seu crescimento, pesa entre 3 e 5 quilos e vive entre 4 e 5 anos.
Figura 1: Feto no marsúpio e ninhada sendo carregada no dorso. |
O habitat dos gambás é a floresta, porém consegue adaptar-se bem em regiões com presença humana, logo, é comum encontrar esses animais em galinheiros, onde se alimenta do sangue das galinhas, ou mesmo em residências com algum quintal, onde geralmente procuram algum lugar para fazerem o ninho, ou em busca de comida no lixo e em rodovias que geralmente cortam algum habitat do animal, onde eles fatalmente podem ser atropelados. Eles possuem hábitos noturnos, por isso, quando começa escurecer, o gambá sai de seu abrigo para caçar e coletar alimentos. Sendo um animal onívoro, se alimenta praticamente de tudo, como: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos (caranguejos encontrados em zonas de manguezais), anfíbios, serpentes, lagartos e aves (ovos, filhotes e adultos).
Figura 2: gambá-de-orelha-preta. |
Didelphis aurita - gambá-de-orelha-preta: em todo o estado de São Paulo, Rio de Janeiro, principalmente nas regiões de Mata Atlântica deste e dos estados próximos; ocorre também no norte do Rio Grande do Sul e na Amazônia;
Figura 3: gambá-de-orelha-branca |
Didelphis albiventris - gambá-de-orelha-branca: Brasil Central, especialmente no Estado de São Paulo e no Rio Grande do Sul; também endêmico no Nordeste, especialmente Pernambuco, Paraíba e adjacências, onde é denominado timbu;
Figura 4: gambá-comum |
Didelphis marsupialis – gambá-comum desde o Canadá ao norte da Argentina e Paraguai; no Brasil, principalmente na região amazônica
Figura 5: Didelphis paraguaiensis |
Didelphis paraguaiensis - Rio Grande do Sul e Mato Grosso, podendo também ser encontrado no Paraguai.
Eles são agressivos quando se sentem ameaçados, porém, as características mais marcantes dos gambás são a de se fingir de morto e/ou secretar uma substância mau-cheirosa para espantar possíveis predadores. Eles produzem, com as glândulas axilares , isto é, na região das axilas, um líquido de cheiro forte e desagradável que serve para espantar outros animais. Dessa forma, a combinação do fato de ficar paralisado com o mau odor frequentemente faz predadores desistirem de comê-los, por confundirem esses animais com carniça. Este mesmo odor é produzido pela fêmea na época da reprodução, para atrair o macho.
Figura 6: Gambá se fingindo de morto. |
Se você mora perto de matas, pequenas florestas, parques ou áreas de proteção ambiental a visita do gambá pode acontecer. E aí o que fazer?
Para evitar esse hóspede, recomenda-se vedar aberturas, entre telhados e forros da casa, acondicionar o lixo corretamente e retirar sobras de rações. Se o gambá estiver no quintal e houver vegetação ou árvores próximas, o morador pode colocar alguma madeira, simulando uma escada, para facilitar a sua saída.
Não é recomendável acuar o animal, o ideal é que ele encontre o caminho para fuga. Por hábito, o gambá pode procurar um canto mais escuro, para se esconder e quando escurecer sair com maior facilidade e segurança, por enxergar melhor no escuro e ter hábitos noturnos.
É comum, pessoas que se deparam com o animal tentarem prendê-lo, para depois soltá-lo, em uma região de mata, porém, isto pode não ser o ideal para o animal que pode estar ferido ou ser ferido no processo, logo, o ideal é procurar um órgão especializado para recolher o animal, além disso, a tentativa de aproximação com o animal pode deixá-lo agressivo ou provocar a liberação do líquido da morte.
O gambá é um animal silvestre, logo, matar ou manter esse animal em cativeiro sem autorização legal é crime comunique ou faça a entrega voluntária ao órgão competente.
Figura 7: Realização da soltura de um gambá. |
Mas quem disse que você não pode ter um gambá de estimação?
Antes de tentar adotar um gambá, que apareceu no seu quintal, certifique-se de que é legal tê-los como animal de estimação em seu estado. Em alguns estados, é absolutamente ilegal possuir um gambá; mas em outro, com uma licença, é legal ou aceitável. Se você vive em um estado que é ilegal possuir um gambá, mas quer fazê-lo de qualquer maneira, se o gambá for encontrado poderá ser confiscado e submetido à eutanásia. Antes de adotar um gambá, encontre um veterinário que trate desses animais. Eles precisam receber vacinas e podem precisar de outros cuidados médicos. Se você não consegue encontrar um veterinário em sua área, pode reconsiderar a adoção.
Também há a opção de adotar um animal de algum abrigo, grupo de resgate ou de algum criador que esteja doando ou vendendo. Assim é importante verificar se estes estão dentro da lei e se o habitat em que você planeja deixar o seu animal é adequado para ele evitando com que ele acabe doente.
Figura 8: Gambá de estimação. |
Pepe o gambá cangambá
Figura 9: Le pepe gambá. |
Muitas crianças cresceram assistindo os Looney Tunes. Um dos personagens era Pepe, um cangambá francês que tenta conquistar sua musa, a gata Penélope Pussycat, com seu romantismo excessivo, mas sempre fracassa devido a seu mau cheiro. Originalmente Pepe é um skunk um cangambá. Na tradução para o português, Pepe foi tomado como um gambá, o que é um erro muito grande. Os dois animais não tem parentesco nenhum.
Figura 10: Gambá acima e Cangambá abaixo. |
Os cangambás são pequenos mamíferos, exclusivos da América do Norte do tamanho de gatos, parentes das doninhas, que tem o corpo com pelagem preta e branca. Assim como os gambás, usam a estratégia do mau cheiro como defesa, mas no caso dos cangambás, quando estão encurralado ou se sentem em perigo, esguicham um líquido fedorento sobre a criatura que o ameaça.
Uma grande diferença é que o cangambá nem marsupial é. Ele é um animal placentário assim como a maioria dos outros mamíferos.
Os dois são usualmente confundidos, devido ao nome parecido, e as habilidades de se proteger com um odor desagradável.
REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gambá
https://www.suapesquisa.com/mundoanimal/gamba.htm
http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/09/gamba-saiba-mais-sobre-o-marsupial-que-usa-o-fedor-como-defesa
http://www.infoescola.com/mamiferos/gamba/
http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/blog-animal/algum-gamba-ja-entrou-na-sua-casa/
http://www.ehow.com.br/adotar-gambas-estimacao-como_129229/
http://www.ambiente.sp.gov.br/2016/05/10/um-gamba-ja-visitou-sua-casa/
caraca, filhote de marsupial, disparadamente, é o filhote mais horroroso que já vi na minha vida toda.
ResponderExcluirImagino que você deve se achar o máximo da belezura para ver feiúra onde muitos não vêem,já se olhou no espelho ? Muita gente vai te achar muito mais feio do que um gambá te garanto !
ExcluirAlgumas correções se me permite,fig.3=gambá de orelha preta (d.aurita),fig.4=gambá de orelha branca(d.albiventris),fig.5=gambá americano(d.virginia) ,eles nunca precisam receber vacinas,eles tem um sistema imunológico extremamente robusto e já são naturalmente imunes à muitas doenças inclusive a raiva,por terem temperatura sanguínea mais baixa,onde o vírus não consegue desenvolver,também não adquirem cinomose ou parvovirose.
ResponderExcluirOlá, post corrigido. Muito obrigado pelo aviso!
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