Catita

          A catita é um dos três tipos de marsupiais que existem em território brasileiro junto com a cuíca e o gambá. Todos eles fazem parte da mesma família, a Didelphidae. As catitas em específico fazem parte da subfamília Didelphinae. A espécie mais comum dessa subfamília é a Monodelphis domestica, que pode ser encontrada no Brasil, e também em outros países da América do Sul. Esses marsupiais são parecidos com ratos, sendo muitas vezes confundidados pelas pelas pessoas. As catitas são animais de pequeno porte, podendo medir de 15 a 20 cm da cabeça à ponta da cauda. Quando são adultos os machos podem pesar de 80 a 150 g e as fêmeas entre 80 e 100 g. A maior parte dos indivíduos têm uma pelagem de cor cinza-claro, mas pode variar para tons mais avermelhados ou esbranquiçados e tendo manchas escuras no dorso. A catita não tem a cauda pênsil diferente dos gambá.

Figura 1: Monodelphis domestica comparada com mão humana

          Embora viva em regiões arborizadas, este pequeno marsupial pouco sobe em árvores, preferindo viver no chão da floresta. Durante o dia, refugia-se em ninhos de folhas, que ele faz em buracos ou nos ocos das árvores. Só sai à noite para se alimentar de insetos e pequenos lagartos.

          Com 18 semanas as catitas alcançam maturidade sexual. Assim como com os gambás, o odor exalado pelos machos tem grande importância na reprodução. Eles costumam marcar o território ao redor com um cheiro que tem tanto a função de afastar outros machos, quanto de avisar às fêmeas da região que ele está apto para a cópula. Quando o macho e a fêmea se encontram, eles começam um ritual de acasalamento com uma dança com perseguição, farejamento e mordicadelas. Quando o ritual acaba, o macho imobiliza as patas da fêmea e começa a cópula, que dura de 4 a 7 minutos. Logo quando a cópula termina, os dois animais se separam. A gestação dura 14 ou 15 dias e as fêmeas podem ter até 5 ninhadas por ano cujo número de filhotes geralmente pode ser entre 7 e 9. Entre o período fértil, as catitas geralmente andam sozinhas.

          Logo quando os filhotes nascem, eles se agarram nas tetas da mãe, já que as catitas mesmo sendo marsupiais, não possuem marsúpio a “bolsa” usada para carregar os filhotes recém-nascidos. Lá permanecem por 3 ou 4 semanas. Quando esse período passa, os filhotes escalam a lateral da mãe e se agarram nas costas, até que sejam capazes de se alimentar sozinhos. Quando em cativeiro, são capazes de viverem até 6 anos, porém na natureza não são encontradas catitas com mais de 2 anos de idade.

As catitas estão sendo muito importantes na área da medicina, pois são um dos poucos animais que contraem câncer de pele com uma taxa parecida com a dos humanos, sendo assim muito úteis em pesquisas da área.

Figura 2: Monodelphis domestica

REFERÊNCIAS:

Monodelphis domestica gray short-tailed opossum, de Animal Diversity Web:

<animaldiversity.org/accounts/Monodelphis_domestica/> acessador em 10 de outubro de 2017

Catita Monodelphis, de Fauna e Flora do RN:

<faunaefloradorn.blogspot.com.br/2010/08/catitamonodelphis-domestica.html> acessador em 10 de outubro de 2017

Catita Monodelphis, de Jornal de Jundiaí:

<www.jj.com.br/internas/jotinha/noticias-509-catita-%C3%A9-um-marsupial-do-continente-americano> acessador em 10 de outubro de 2017